domingo, 4 de dezembro de 2011

O que há de errado com esse retrato?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

À meia noite as luzes se apagam, as portas se fecham, os poros da terra se abrem...
Algo foi esquecido.
Toda essa fumaça... Na fria luz do dia...
Em noites iluminadas eu vi você. Debaixo da lua azul eu vi você.
Todos ao meu redor são rostos familiares. Lugares desgastados...
Minhas memórias vagas... Neste fatídico dia.
Escondo minha cabeça, quero afogar meu sofrimento. Sem ter amanhã.
Mas como posso ter certeza?
Os sonhos nos quais estou morrendo são os melhores que já tive.
E eu acho difícil dizer. E eu acho difícil entender.
Olhar através...
Mas eu peço por mais e mais.
O que há de errado com esse retrato?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Tire essa parte de mim. Vá embora.
Leve para longe.
Respire dentro de mim...
Eu não quero fechar os olhos. Não quero ver fumaça.
Continue respirando...
Este corpo que me segura. Toda essa dor é apenas uma ilusão.
Esse não é o fim. Neste buraco.
Eu não quero fechar os olhos. Eu não quero perder nada.
Respire dentro de mim...
Eu abraço meu desejo de sentir o rítmo. De me sentir conectado.
Eu vou me banhar na fonte.
Segure a respiração...
Com meus pés no chão eu me perco entre os sons da sua melodia.
Olhando nos meus olhos agora você vê claramente. Um impulso selvagem aguarda.
Todo esse vício.
Respire novamente...
Eu quero cruzar a linha.
Esse corpo que me segura. Este, neste corpo. Sentindo-se eterno.
Vivo, eu.
Abrace este momento. Este corpo. Uma chance de estar vivo.
Respirando...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

"Não podes comprar o vento
Não podes comprar o sol
Não podes comprar a chuva
Não podes comprar o calor

Não podes comprar as nuvens
Não podes comprar as cores
Não podes comprar minha felicidade
Não podes comprar minhas dores"

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Por que nós não podemos apenas ficar sozinhos?
Eu deveria correr...
Posso te ouvir chegar...
Onde está você?
Não formamos um belo par?
Sinto a rajada de suas canções batendo a minha porta.
Olhe.
Olhe para cima.
Respire isto.
Deixe-me entrar.
Vejo um universo distante, cheio de um vazio...
Onde é o meu lugar?
Isso parece o fim...
Sinta os milhões de cristais resplandecerem no meu universo espiralado. Sinta o cheiro da minha terra cadavérica. Sinta a brisa que vem do meu mar. Sinta a imersão do meu viver. Seja parte do meu ser...
Veja o meu corpo degradar...
Forme um par de você.
Deixe-me ser parte do seu ser.
Existe um intervalo que lhe pertence.
Atire estes fragmentos no mar...
Deixe-me vagar pelo seu imenso vazio, sua imensa ausência...
Liberta esta criatura que marcha em fogo, oh! Perséfone.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Abro um portão para o paraíso. Sinto cheiro de um jardim morto... Toco o solo pra sentir você mais uma vez.
Lembro que observávamos um céu infinitamente alto e cristalino, da varanda...
E como em outra vida, sou devorado por você. Uma cova profunda. Esse pode ser o fim dos meus sonhos... Você sabe o que quero dizer.
Você queria correr e voar como os pássaros cantam, dançam e brincam...
Deito em você e me deixo ser abraçado. Eu quase posso ouvir o seu silêncio... Sou consumido.
Você queria nadar por ondas que se partem ao litoral...
Memórias assim construídas, em tanta miséria. Vou fechar meus olhos.
Deixe tudo isso ir... Enquanto eu me contento com um sonho de você.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

E eu vou te mostrar um pôr-do-sol,
Se você vai ficar comigo até amanhecer ...