terça-feira, 22 de novembro de 2011

À meia noite as luzes se apagam, as portas se fecham, os poros da terra se abrem...
Algo foi esquecido.
Toda essa fumaça... Na fria luz do dia...
Em noites iluminadas eu vi você. Debaixo da lua azul eu vi você.
Todos ao meu redor são rostos familiares. Lugares desgastados...
Minhas memórias vagas... Neste fatídico dia.
Escondo minha cabeça, quero afogar meu sofrimento. Sem ter amanhã.
Mas como posso ter certeza?
Os sonhos nos quais estou morrendo são os melhores que já tive.
E eu acho difícil dizer. E eu acho difícil entender.
Olhar através...
Mas eu peço por mais e mais.
O que há de errado com esse retrato?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Tire essa parte de mim. Vá embora.
Leve para longe.
Respire dentro de mim...
Eu não quero fechar os olhos. Não quero ver fumaça.
Continue respirando...
Este corpo que me segura. Toda essa dor é apenas uma ilusão.
Esse não é o fim. Neste buraco.
Eu não quero fechar os olhos. Eu não quero perder nada.
Respire dentro de mim...
Eu abraço meu desejo de sentir o rítmo. De me sentir conectado.
Eu vou me banhar na fonte.
Segure a respiração...
Com meus pés no chão eu me perco entre os sons da sua melodia.
Olhando nos meus olhos agora você vê claramente. Um impulso selvagem aguarda.
Todo esse vício.
Respire novamente...
Eu quero cruzar a linha.
Esse corpo que me segura. Este, neste corpo. Sentindo-se eterno.
Vivo, eu.
Abrace este momento. Este corpo. Uma chance de estar vivo.
Respirando...