terça-feira, 19 de agosto de 2008

Eu vago pelo vazio... Um imenso vazio...
Você se desfaz em pedaços, eu me desfaço em lembranças. Nós somos um só. Parte de um único animal, um único organismo... Uma única matéria.
Eu vejo a escuridão.
Você diz coisas sem sentido. Eu não quero isso... Eu não quero nada disso.
Deixe voar.
E como alguém que já esteve apaixonado, eu me transponho para o outro lado.
Você me vê na escuridão.
E simplesmente, eu decido encarar, tudo o que me encoleriza e quero acabar. E agora, decido desprezar, o que me adoece e não posso curar.
Uma brutal ausência de luz, sem qualquer reflexão.
As águas são meu único espelho, e quando elas estiverem calmas eu poderei ver, o quanto de contos de fadas ainda restam em mim.
Durante a noite eu vejo, o tempo é real. Nós vivemos na escuridão.
Como um espectro indecente, você percorre distâncias imensuráveis. Um grito foge de ti, até lugares abandonados. Eu capto um olhar seu, e agora ele me assombra...
Neste mundo de esquecidos.